Pasta 010- Grupo JAL


Em destaque, Svelto RJ 128.040 da Flores.

Olá amigos(as)!
Agradeço a visita e espero que sempre visitem por iniciativa própria esse que espero que seja um espaço de discussão sadia e inteligente sobre o transporte.

Faço aqui a divulgação das fotos que fiz durante a visita técnica na Fetransrio, quando visitei a garagem do Grupo JAL, em São João do Meriti.  Como não poderia faltar, tenho um pouco da história da empresa presente.

O Grupo JAL tem sua origem com a Empresa de Transportes Flores em 1959, com a ligação entre S. J. Meriti e Caxias, com uma sede em Nilópolis, logo sendo transferida para São João, no fim dos anos 60.  Paralelamente, surgia em 1955 a Auto Viação Jacaré, em 1957 a Auto Viação Três Amigos e em 1965 a Turismo Três Amigos. O que essas três empresas tem a ver com a história do Grupo JAL e da própria Flores? Um homem: José Alves Lavouras.

José Alves Lavouras era um português que veio para o Brasil trabalhar. Depois de muito tempo trabalhando e economizando, comprou sua primeira lotação, que em 1955 teve que ser convertida em Auto Viação Jacaré. As outras duas empresas citadas acima também foram criadas por ele. E sua visão empreeendedora o levou em 1975 a compra da Flores, criando assim o Grupo JAL.

Na época a Flores contava com 36 ônibus, que ainda faziam a sua mesma linha original, além de variantes da linha original. Em 1978 foram absorvidas mais duas linhas da transportes Planalto. Em 79 foi incorporada a Auto Lotação Unidos, que cedeu, principalmente, a sua sede, que hoje é a sede do Grupo JAL.

Nos anos 80 o Grupo cresceu consideralvelmente. Se em 1983 a frota já chegava a 132 veículos, no fim dos anos 80, a frota já havia passado a marca das 200 unidades. Isso devido a incorporação das empresas Rio d'Ouro (84), Auto Viação Vera Cruz (86), Transquinze (86) e Transportes Sol (86). Além disso, posteriormente linhas de outras empresas foram incorporadas. Neste período também é bom lembrar a primeira troca de pintura da empresa, para um padrão de vários tons de verde. O processo de mudança durou alguns anos, com diversas experimentações e alterações, até atingir o resultado "ideal".

Os anos 90 vieram cheios de expectativas e boas perspectivas de crescimento para a empresa. A frota mais uma vez aumentou nesta década, sobretudo pela incorporação de linhas de outras empresas pela Flores. A pintura, muda mais uma vez, para o modelo que é usado até hoje, que apareceu primeiramente na linha Méier-São Vicente, que na época ganhou 22 carros novos, estreando tal pintura. Logo, toda frota ganhou os tres cores de verde.

Os "anos 2000" vieram para coroar toda a trajetória do Grupo, que sob o comando de José Alves Lavouras, tornou-se um dos maiores operadores de transporte do Grande Rio. No ínicio de sua administração na empresa, a única preocupação era colocar a frota na rua. Mas logo, sua personalidade espontânea e aberta tomou conta da empresa. Uma das características do Grupo desde ele é a abertura a sugestão e o cuidado com o bem estar de seus funcionários. A maioria dos processos hoje adotados como padrão por todas as empresas do Rio de Janeiro, tiveram início com esse homem. Nesse plano, temos que destacar sua visão ao absorver a Auto Viação Unidos, que lhe deu o espaço de 56.000 m² para dar maior conforto a todos seus funcionários. Com tal espaço, foi pssível a instalação de todo o grupo em um só lugar, compreendendo garagem, administração, manutenção, além de toda a infra-estrutura necessária para gerir treinamento, diversão e tranquilidade a todos os seus mais de dois mil funcionários. Mesmo depois do falecimento falecimento de José Alves Lavouras em 93, a empresa continuou acreditando em tudo o que sempre pregou: O cuidado com as pessoas.

Tanto cuidado deu resultados. No fim da década de 90 a empresa começou a receber prêmios pela sua gestão administrativa e desde então, não parou mais. O seu último prêmio foi estar entre as 25 melhores empresas para se trabalhar no Rio de Janeiro, no último ano.

A frota da Flores é bem variada, assim como das suas "filhas". Predominantemente, é a presença da Mercedes-Benz em seus 457 veículos. Também é grande a presença da Comil, com seus Sveltos NS, apesar da presença tímida de alguns Sveltos 2008. Além disso, merecem destaque ainda a variedade da frota, que tem ainda Ciferal Citimax, Mascarello GranVia, Marcopolo Viale e Torino, Neobus Spectrum e Mega e Caio Apache Vip II. As empresas recém adquiridas (Mageli e Beira Mar) ainda possuem alguns veículos Volkswagem, mas que devem ser substituídos no futuro por Mercedes. Além disso, alguns já estão sendo pintados nas cores e padrão da empresa-mãe, como são os Citimax abaixo. Fico devendo aos amigos, fotos da Rio d'Ouro.

Agradeço a empresa que nos recebeu de forma excepcional em suas instalações. Agradeço também pela a autorização de fazer as fotos no pátio, além da revista interna da empresa, de onde tirei as informações para o texto acima.

 

Uma das versões pouco comuns na frota da Flores, com porta no balanço traseiro e sem ar condicionado.

A Mascarello também marca presença dentro da frota da empresa.

Ônibus da frota municipal de São João de Meriti, na configuração básica do grupo.

Um dos poucos veículos da Brazinha, cerca de 10 veículos, todos iguais ao da foto (08001-08010), se não me engano.

Duas versões da Mageli. Um na pintura tradicional, outro já na pintura do grupo.

 

Um dos carros mais antigos da Mageli em funcionamento.

 

A Mageli continuará com seu nome, porém perderá sua pintura tradicional, que desde a criação da empresa, manteve-se praticamente inalterada.

A Beira Mar também está nos seus últimos dias em sua pintura original. O interessante dessa foto são as placas, com iniciais diferentes para dois veículos de sequencia (016 e 017).

Pasta 009- Ônibus do Rio de Janeiro na mídia e no marketing

Em destaque, Svelto 73030 15-180 EOD da Rubanil usado para a divulgação da linha 2007 de ônibus da Volkswagen.

Olá amigos(as)!
Agradeço a visita e espero que sempre visitem por iniciativa própria esse que espero que seja um espaço de discussão sadia e inteligente sobre o transporte.

Resolvi fazer esta pasta por perceber que o Rio de Janeiro é, na maioria das vezes, usado de "modelo" para lançamento de novos produtos. Resolvi me ater às últimas publicações do setor, que abrangem ônibus novos e usados. E me dediquei exclusivamente aos ônibus da Volkswagem e da Mercedes. Em breve faço uma outra pasta falando das encarroçadoras ou das outras marcas.

Volkswagem

Na sua história recente, a montadora usou a cidade do Rio de Janeiro como seu principal estandarte para mostrar seus novos veículos, sobretudo no século XXI. Uma constante é a tentativa de ocultar ou tornar pouco nítido numeração e o nome da empresa.

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A Real apareceu pela primeira vez com um veículo de teste cedido (No caso o 18-310 Titan) para a a empresa operar seu serviço executivo. A escolha da Real pode ter sido motivada pela ajuda da Amarelinha ter ajudado a VW a desenvolver o seu primeiro chassis de motor traseiro, pouco tempo antes. O referido modelo, durou pouco tempo na empresa, talvez pela tendência da própria de reduzir o tamanho de seus carros executivos. A foto consta do fim de 2003, mas o veículo foi lançado como linha 2004.

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A Real reapareceu mais uma vez como "cobaia" da VW em 2006, ao receber o 41262 (17-210 EOD) preparado para receber o Biodiesel, uma novidade na época, que hoje em dia, é uma realidade. O veículo foi todo adesivado e levada ao lançamento do programa Riobiodiesel, no Jardim Botânico. Ficou rodando com os adesivos e o enorme logo da VW pela linha 121 por um bom tempo.

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A VW também cedeu um 17-240 OT para o programa Riobiodiesel, que rodou pelo interior do estado, também em regime de testes.  Além dos dois ônibus, foi cedido ainda um caminhão leve.

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No lançamento da linha 2007, em fevereiro do mesmo ano, a VW volta ao Rio, desta vez ao seu segundo maior frotista: O Grupo Rubanil. Além do Svelto, representados pela capa da postagem, ela usou ainda os Mascarello GranVia Midi 73024 (ambos sobre 15-180, mas divulgados como 15-190), além de um Mega da Tinguá, o RJ 156.038 (provavelmente 17-210 adesivado como 17-230). As locações usadas para as fotos não poderiam representar melhor o Rio: Pão de Açúcar, Arcos da Lapa, Praia de Copacabana, Ponte Rio-Niterói e Lagoa Rodrigo de Freitas.

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Um mês depois ela volta ao Rio para divulgar a maior venda de sua história a um mesmo frotista, mais uma vez, o Grupo Rubanil, que comprou de uma só vez 365 unidades e os dividiu entre as quatro (cinco) empresas do grupo: Rubanil (América), Caravelle, Tinguá e Madureira Candelária. Desa vez, ela usou Cassiano Antônio Pereira, um dos diretores do Grupo Rubanil e a garagem do grupo, como modelos, além de seus GranVia Midi, além dos demais carros. Interessante ressaltar na primeira foto é o 75543 da Maduca, que ainda usava os pára-choques laranjados. Também é curioso o 73024, usado um mês atrás com o emblema da VW no lugar da Mascarello e nessas fotos, o emblema deslocado para a lateral. Também está ali o mesmo Tinguá das fotos de divulgação, porém sem os adesivos do 17-230.

 

Mercedes-Benz

A Mercedes-Benz nunca foi adepta de fazer seus lançamentos com chassis encarroçados e quando o fez, usou pinturas que não remetessem a nenhum grupo ou sistema de transporte. Mas em publicações das afiliadas à empresa, a exibição de veículos da marca de três pontas sempre foi ligada aos frotistas que tinham seus veículos.

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Este Cidade II sobre chassis OH 1621L, foi assunto de uma reportagem da revista Assobens. No caso, o veículo era utilizado para levar crianças da Zona Norte a pontos turísticos da cidade, que a maioria deles nunca teve tal oportunidade de conhecer. O modelo fora comprado usado pela Light na Guanabara Diesel e cedido ao programa Rio nas Escolas. O modelo, provavelmente ex-Tijuquinha contava com suspensão pneumática e câmbio automático. A foto foi tirada na Praia de Ipanema.

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Na edição 212 da mesma revista, a cidade do Rio de Janeiro foi apelidada de "Cidade dos ônibus". Em uma reportagem de quatro páginas, foi destacado a Redentor, a Guanabara Diesel, o sistema de transportes que seria implantado durante o PAN e os CenterBus, que seriam entregues à cidade. Logo na capa, um Viale OF-1721 da Pégaso (87036) que fazia  linha 1135 pela orla de Ipanema/ Leblon...

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... e que reaparece na Av. Nieymayer, no Vidigal.

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Também nessa edição, a revista flagrou um dos últimos Turquesas OF-1721 na "pintura de barrinhas" da Tijuquinha. O 50111 fazia a 233, sentido Rodoviária.

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Ao falar da Guanabara Diesel, é colocada uma foto com um dos diretores da concessionária e dois carros encostados no pátio para manutenção: Transurb 72105, um Vip OF-1418 titular da linha 410 (hoje em dia ele roda pela RMBH) e um Torino da Fabio's.

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E por último um Spectrum "rodoviário" da Redentor (47552), um dos primeiros da empresa, que rodava na linha 2113.

Estes são todos os ônibus do Rio e da Baixada que eu consegui achar nas publicações da VW e da MB. Se eu achar alguma coisa nas revistas de Scania e Volvo, faço uma postagem  "extra" do assunto.

Créditos das fotos e fontes de informação:

Foto 1, 5 e 6: Assessoria de Comunicação da Volkswagem;

Foto 2: Assessoria de Comunicação da Volkswagem;

Foto 3: Assessoria de Comunicação da Volkswagem;

Foto 4: Assessoria de Comunicação da Volkswagem;

Foto 7 e 8: Assesoria de Comunicação da Volkswagem;

Foto 9: Revista Rede News Assobens;

Foto 10, 11, 12, 13 e 14: Revista Rede News Assobens;

Pasta 008- Busscar VB Elegance 360



Olá amigos(as)!
Agradeço a visita e espero que sempre visitem por iniciativa própria esse que espero que seja um espaço de discussão sadia e inteligente sobre o transporte.

Em destaque, Busscar VB Elegance 360 da Volkswagem, no IAA - Internationale Automobil-Ausstellung, feira mundial de veículos comerciais.

O VB Elegance 360 é um dos modelos rodoviários mais recentes do Brasil. E mesmo com pouco tempo de estrada, já está marcado na história como um dos rodoviários mais bonitos já concebidos.

O Elegance existia anteriormente no mercado externo, mas depois de certo tempo do modelo fora do Brasil, a sua introdução trouxe requinte e sofisticação ao seu "irmão-gêmeo", Vissta Buss.

Ele é baseado no Vissta Buss HI, ou no Jum Buss 360, como queiram. Não há muitas diferenças, mas as poucas que tem são suficientes para distingui-lo. A plástica maior foi feita na dianteira, onde mudaram os pára-choques, grade dianteira, faróis auxiliares, cromados e parabrisas. Praticamente só ficaram iguais os faróis principais, os retrovisores e o suporte da placa. Na lateral, somente um caimento externo na linha das janelas, próximo às primeiras poltronas. E na traseira, nenhuma mudança.

Usando peças comuns aos veículos da empresa, a Busscar conseguiu fazer um modelo bonito que provavelmente não tem grandes acréscimo no custo de produção. Um redesenho que agregou valor ao modelo, atraindo novos clientes. O resultado ficou tão bom, que levou o modelo a vencer o iF Product Award, premiação internacional de design. O projeto do ônibus é assinado pelo BDI - Busscar Design Industrial (Marcelo Castilho, Rafael Raulino, Edson Giovane, Adriane Shibata, Aluizio Militão, Thales Arouca, André Brodbeck, Marcio Maes e Marcio Toda).

Na carteira de clientes da encarroçadora catarinense, que já esteve a beira da falência mas se recuperou ao apostar no design de seus produtos, foram incluídos clientes que nunca tiveram nenhum modelo Busscar, como a Cometa. Além dela, outras empresas compram em diferentes versões.


Sucesso no exterior, O VB Elegance 360 tem uma frota considerável na empresa Bio Bio. Todos sobre chassis Mercedes-Benz O500RS, janelas seladas, ar condicionado, parabrisa inteiriço, limpadores diferentes e segunda porta central.


Uma das primeiras a adquirir o modelo no Brasil, a Catarinense possui diversos modelos de 2007 e 2008, todos sobre chassis Volvo B12R. Todos com janelas seladas, rodoar e um curioso letreiro eletrônico posicionado no alto do parabrisas bipartido.



A Caprioli adquiriu algumas unidades sobre chassis Scania K340, mas que ao contrário da tendência atual, tem janelas convencionais, ao invés das seladas, mesmo com o Ar Condicionado (Denso).



A Nordeste comprou os seus também sobre chassis Scania (K380), mas com o quase extinto letreiro de lona bipartido. Chama a atenção seus veículos pela sua pintura prata que combina com os cromados da carroceria. Mais uma vez, o modelo é escolhido para rodar no serviço Executivo da empresa.


A "Gol das estradas" também aderiu a onda e adquiriu alguns veículos sobre chassis Mercedes-Benz O500RS. Curiosamente o modelo não tem as setas laterais, embutidas nos faróis.


A Princesa, que tem pintura semelhante a da União adquiriu os seus sobre Mercedes para seu serviço Executivo.






Empresas "menores" como a Expresso Regional, Canarinho e Uniserra também adquiriram o modelo, sobre Mercedes, Volvo e Scania respectivamente. Todos na configuração "padrão": Ar condicionado, janelas seladas e letreiro eletrônico.


O modelo chegou no Rio de Janeiro pelas mãos da Sampaio, que escolheu o modelo para renovar parte de sua frota.




A Vênus Turística gostou da carroceria, tanto que no seu pouco tempo de vida, já incorporou a mesma em duas oportunidades. Na primeira vieram veículos trucados (K380) e tocos (K310) e na segunda leva vieram somente os tocos K310.




Logo a fama dos Elegance da Catarinense chegaram aos ouvidos da Cometa, que comprou e personalizou todos os seus Mercedes-Benz O500...


... assim como a 1001, que comprou os seus sobre Volvo B12R para suas linhas interestaduais, numa das últimas compras do modelos no Brasil. A influência da Catarinense foi tão grande que o letreiro também está na parte superior do parabrisas.



E pra fechar bem o ano, a Itapemirim deu um presente de fim de ano aos seus usuários adquirindo 20 unidades sobre chassis Volvo B12R, parte da estratégia da empresa para reduzir a idade média de sua frota.


Crédito das fotos nas próprias.
Fotos não Creditadas:
Foto 1: Assessoria de Comunicação da Volkswagem;
Foto 2: Flickr;
Foto 14 e 16: Infobus;